sábado, 12 de março de 2011

A ACCOSSF vai criar centros de terminação de cordeiros e cabritos

O mercado da carne ovina está crescendo a passos largos, em função da grande aceitação deste produto pela sociedade brasileira, notadamente, o da Região Nordeste. Isto se reflete no surgimento de vários pontos de vendas e restaurantes especializados, principalmente nos grandes centros urbanos. Paralelamente, aparecem as construções e a implantação de abatedouros, frigoríficos e curtumes, específicos para carnes, vísceras e peles de ovinos na Região, caracterizando como uma forte sinalização de estímulo e garantia para o desenvolvimento do respectivo setor produtivo. Assim, há necessidade de práticas alternativas que permitam ao produtor ofertar cordeiros para o abate, capazes de atender às necessidades do mercado de carne, tanto em termos quantitativos quanto qualificativos (EMBRAPA/Caprinos: Circular Técnica Nº 28).

Um sistema de integração sequeiro/irrigação para produção de caprinos e ovinos pode viabilizar o abate dos animais com seis a sete meses de idade e é mais competitivo que o sistema tradicional da caatinga, onde os animais vão para o abate com dois ou mais anos (EMBRAPA/Semi-árido: Instruções Técnicas Nº 70).

A prática da terminação de cordeiros em confinamento constitui-se numa alternativa ímpar que deve ser disponibilizada e recomendada especialmente para o semi-árido do Nordeste brasileiro (EMBRAPA/Caprinos: Circular Técnica Nº 28).

Como base nessas assertivas, a ACCOSSF vai incentivar a criação de Centros de Terminação de cordeiros e cabritos, fazendo uma integração entre os produtores que criam nas áreas de sequeiro (caatinga) e produtores que possuem pastagens irrigadas no Vale do São Francisco.

Os Centros de Terminação, segundo os estudos iniciais, deverão ser de dois tipos: pastagens cultivadas com manejo rotacionado e confinamento coletivo.

Cabe ressaltar, que a terminação em pastagens cultivadas possui algumas limitações, tais como: disponibilidade de terra fértil e água em abundância para irrigação.

Nos municípios de Curaçá e Casa Nova, os empresários que estão montando os centros, optaram pelo sistema de pastagens cultivadas de tifton com leucena utilizando o manejo rotacionado.

Em Juazeiro, os esforços se concentram para a instalação de um confinamento coletivo. Preliminarmente, estão sendo feitas pesquisas para avaliar o custo de produção do confinamento e para a elaboração de uma ração total contendo alimentos alternativos (farelo de palma e leucena).

Já começaram as sondagens para identificar um associado que possua uma propriedade próxima à cidade de Juazeiro, disponível para implantar o confinamento, com água e terra para plantio de palma forrageira irrigada e leucena.

A mobilização está sendo muito grande para encontrar outros empresários que queiram montar centros de terminação na região.

Sendo assim, a ACCOSSF espera que, com a instalação dos Centros de Terminação, os criadores da área de sequeiro (caatinga) possam realmente produzir os animais que o mercado deseja.

3 comentários:

Jose Neide disse...

ACCOSSF,TEM E VEM COM PROFISSIONALISMO,para impucionar,fomentar acadeia produtiva da caprinovinocultura no vale do sao francisco.

Unknown disse...

A fruticultura irrigada no Vale do São Francisco está em crise. Portanto, a ACCOSSF vai estimular a integração entre a caatinga e as áreas irrigadas no vale do Rio São Francisco. Aproveitando essa infraestrutura montada para atender a fruticultura, a caprino-ovinocultura deve ganhar um impulso enorme na região.

Emilio Emerick disse...

Tomei conhecimento atraves da revista o Berro,do Embrião do Confinamento,onde se estaria testando quatro lotes de Cordeiros com alimentação distintas,para se determinar o mais viavel para o Centro de Terminação.Gostaria muito de saber o resultado destes estudos.
Alguem sabe o email da ACCOSSF ?
Parabens Silvio Doria, o blog está ótimo.

Emilio Emerick.................... (rancho2e@hotmail.com